Trata-se de assumir a direção e a produção de idéias revolucionárias e de tentar impedir a sua separação da prática. E se trata de assumir a responsabilidade e o direito de esculpir com as próprias ferramentas, aos próprios gostos e conceitos - a batalha de idéias. Trata-se de liberar os fluxos expressivos. E se trata da liberdade de expressão inteligente e transformadora sem as amarras de classe, sem a hegemonia do silêncio - sem a ideologia da classe dominante.
Trata-se de organizar as agendas ao sabor de nossas lutas e de não servir a temerária agenda das oligarquias predatórias que nos humilha e nos anestesia.
Portanto, não se trata de falar somente daquilo que nos dá tesão, mas de ordenar as idéias em cima do que é necessário. Resolver os problemas da humanidade a partir de casa.
Enquanto as mentes estiverem infestadas com bugigangas intelectuais que implantam os poderes burgueses nas cabeças dos povos, disfarçados de: "gosto", "tradição", "notícias" ou "temas atuais", reinará um sistema de pressão econômica e política injetado de incertezas, chantagens e de guloseimas para a desinformação e manipulação da realidade.
Houvesse uma soberania semântica, ela se expressaria em confiança plena nas lutas dos trabalhadores e não em confiança no individualismo ou nas travessuras dos "Bons mocinhos" da burguesia.
Se alcançássemos uma Soberania semântica, ninguém priorizaria o "glamour" do mercantilismo, nem os seus fetiches - e dedicaríamos o nosso melhor tempo para a criatividade da luta, com a luta e para a luta. Falamos de uma revolução mundial da produção Semântica capaz de ser nova por ser coletiva, democrática e revolucionária. Capaz de complementar a soberania econômica e política contra a submissão e contra a colonização intelectual para garantir um método de produção que construa fortalezas na luta unificada pela verdade e contra o capitalismo, inimigo comum da espécie humana.
Por isso, não contar com uma Soberania Semântica é outra expressão de nossa derrota histórica.
Enquanto as mentes estiverem infestadas com bugigangas intelectuais que implantam os poderes burgueses nas cabeças dos povos, disfarçados de: "gosto", "tradição", "notícias" ou "temas atuais", reinará um sistema de pressão econômica e política injetado de incertezas, chantagens e de guloseimas para a desinformação e manipulação da realidade.
Houvesse uma soberania semântica, ela se expressaria em confiança plena nas lutas dos trabalhadores e não em confiança no individualismo ou nas travessuras dos "Bons mocinhos" da burguesia.
Se alcançássemos uma Soberania semântica, ninguém priorizaria o "glamour" do mercantilismo, nem os seus fetiches - e dedicaríamos o nosso melhor tempo para a criatividade da luta, com a luta e para a luta. Falamos de uma revolução mundial da produção Semântica capaz de ser nova por ser coletiva, democrática e revolucionária. Capaz de complementar a soberania econômica e política contra a submissão e contra a colonização intelectual para garantir um método de produção que construa fortalezas na luta unificada pela verdade e contra o capitalismo, inimigo comum da espécie humana.
Por isso, não contar com uma Soberania Semântica é outra expressão de nossa derrota histórica.
Nós não precisamos de temerários "neutrais"
de pensadores no abstrato ou de ninharias convertidas em Ode ao medíocre... Nós
precisamos, nas bases, cientistas e revolucionários, de conteúdo, lutando desde
baixo, para que os nossos pensamentos fixem posição ao lado dos povos na busca
inalienável da verdade e a necessária construção social de nossas agendas
emancipatórias. Necessitamos de compromisso estético e ético para uma revolução
semântica com substâncias semióticas muito suculentas. Isso nasce das lutas.
Sem Soberania Semântica nos
manuseiam o espírito e nos o prostitui. O submetem a uma depauperação de
pensamento e ação, donde nos fazem irreconhecíveis e nos fazem alheios às
nossas próprias identidades. O inimigo
inocula suas ideologias, sua erudição, os seus conhecimentos e os seus valores
em nós, para que acreditemos que ele é superior, melhor e absoluto e, com isto,
ele destrói as nossas agendas de combate.
Não esperemos misericórdia e menos das agendas impostas para anular o
nosso pensar livre e forçar-nos a falar e a atuar exatamente como a eles melhor
posiciona, como lhes convém e os enriquece. Para além dos acordos ou desacordos
que se pode ter com qualquer outra semântica revolucionária, não há impedimento
para que reconheçamos a urgência da emancipação semântica ao calor da luta, e
essa é a chave.
Na indústria dos "lavadores
de cérebros" se destacam os fanatismos consumistas acorrentados às leis do
mercado burguês. Sendo assim, interessa saber o calibre das aberrações da moral
burguesa que rege a qualidade do pensamento pelo montante do que se paga. Eles
nos lavam o cérebro, não para o "livre pensamento", mas sim para ficarem
livres de que pensemos livremente. Submetida a semântica, na sequencia de submeter
a economia e a política, caminhamos para o abismo da miséria de pensamento e de
despojo intelectual que tínhamos imaginado ... Eles querem apagar o cérebro das
pessoas, lavar bem lavado, para que nos disponhamos a comprar e comprar e
comparar tudo que acumulam em seus porões, as crises de superprodução que nos
sufocarão até a eternidade, se ficarmos quietos.
Há uma abundância de tarefas para
impulsionar a revolução semântica que nos impelem nas fábricas, sindicatos,
escolas, debates e tendências de práxis revolucionárias diversas. Existem ideias
e há ação global que deverá nos servir para não vivermos como carpideiras de
conjunturas, como acontece a cada vez que ficamos mudos diante das formas com
que a oligarquia as interpreta e nos impõe sua visão. Por mais efetivas que sejam as nossas análises
e reivindicações, é hora de avançar em direção a Soberania Semântica, como
parte de nossos programas porque é urgente integrar todas as nossas melhores
forças em uma revolução semântica para unidade e para a luta, criadoras de ideias
e ideias criadoras de luta. É urgente e é possível, nessas horas, quando mais
se investe e mais se inventa para nos
deixar sem a nossa própria agenda. Não repitamos o discurso do "patrão".
Fernando Buen Abad
Mexicano de nacimiento, (Ciudad de México, 1956).
Doutor em Filosofía, Licenciado em Ciencias da Comunicação.
Doutor em Filosofía, Licenciado em Ciencias da Comunicação.
Dirige o Laboratorio de Escrita Criativa no México e na Argentina. Colaborador editorialista de diversos diarios e suplementos culturais.
Este contenido ha sido publicado originalmente por teleSUR bajo la siguiente dirección: http://www.telesurtv.net/staff/fbuenabad. Si piensa hacer uso del mismo, por favor, cite la fuente y coloque un enlace hacia la nota original de donde usted ha tomado este contenido. www.teleSURtv.net
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