Cerca de quinhentos acadêmicos, cientistas políticos e personalidades do meio diplomático de Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul, durante os dois dias abordarão questões ligadas à reforma do sistema financeiro internacional, os compromissos comuns a longo prazo, e o futuro de novas instituições e mecanismos de cooperação no âmbito dos BRICS.
Participaram do fórum também embaixadores e delegações de grupos de pesquisa ‘thinks-thanks’ dos BRICS. O Brasil foi representado pelo seu embaixador na Rússia, Antônio José Wallim Guerreiro.
Em sua fala no Fórum Acadêmico, o diplomata brasileiro comentou o potencial de novidade que o BRICS apresenta no sistema financeiro mundial:
“O quadro institucional financeiro tem hoje 70 anos de idade. Isso é um fato. Em 70 anos, as coisas mudaram significativamente. Agora, a experiência dos últimos anos, o número de crises financeiras nas últimas duas décadas, mostrou que esse quadro não é suficiente. É óbvio que algo deve ser feito. E se algo deve ser feito, não é somente no âmbito financeiro, mas também na regulação comercial”, destacou o embaixador brasileiro.
Segundo Antônio José Wallim Guerreiro, “quando você tem uma situação de sistema multipolar, muito próximo a um sistema democrático, você tem uma série de escolhas, você precisa ter argumentos claros para ir nessa ou naquela direção. E a própria existência dos BRICS é um exemplo disso”.
© SPUTNIK/ ALEXANDER VILF
Fórum dos BRICS em Moscou discutirá segurança e economia
“Nós temos um lugar para linhas similares e temos voz no cenário internacional. A existência dos BRICS até agora alcançou uma série de conquistas. Podemos mencionar o novo Banco de Desenvolvimento e uma série de avanços dentro do G20”, acrescentou.
Ao falar da importância da realização do Fórum Acadêmico BRICS realizado em Moscou, o embaixador do Brasil observou que o fórum é “um canal de sugestões da sociedade civil para os chefes de Estado”. “Por isso, precisamos ser proativos em propor cursos de ação para ajudar a ajustar o cenário internacional e identificar a contribuição que os países BRICS podem prover”, completou.
Fonte: sputniknews
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