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Brasil amadureceu e não aceitará ruptura democrática, afirma Dilma

 

Após sanção da Lei do Feminicídio, a presidenta Dilma Rousseff comentou, nesta segunda-feira (9), as manifestações ocorridas no domingo, reafirmando que elas atestam o valor da democracia. E que, por isso mesmo, não se pode aceitar uma ruptura da ordem democrática no País. “Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer. A não ser que você queira uma ruptura democrática”, disse em entrevista a jornalistas.

E acrescentou: “A sociedade brasileira não aceitará rupturas e acho que nós amadurecemos o suficiente para isso. Eu acredito que qualquer manifestação vai ter a característica que tiver seus convocadores. Mas ela, em si, não representa a legitimidade de pedidos que rompam a democracia”.

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Dilma lembrou que hoje as pessoas podem se manifestar, porque têm espaço e direito a isso. Eu sou de uma época em que, se alguém se manifestasse, acabava na cadeia, podia ser torturado e morto. O fato do Brasil garantir o direito de manifestação é algo valorizado por todos nós, que chegamos à democracia e temos que conviver com ela”, acrescentou.
Preconceito também mata a democracia

 As declarações de Dilma foram feitas durante a sanção à lei modifica o Código Penal brasileiro, para incluir o crime de assassinato de mulher por razões de gênero entre os tipos de homicídio qualificado. Na ocasião, ela disse que o Brasil é uma terra generosa, que não deve jamais aceitar ser a pátria da intolerância e do preconceito.
 
“A intolerância e o preconceito são as sementes dos piores males, dos piores sentimentos, das piores ideologias. Suscitam, inclusive, guerras. A intolerância e o preconceito são as sementes do racismo, da xenofobia e do autoritarismo. Mata o amor, a fraternidade e mata também – é bom sempre nos lembramos-, a democracia”.

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