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ESQUERDA MANTEM NAS RUAS A VITÓRIA CONQUISTADA NAS URNAS




Manifestação na Av. Paulista em apoio ao governo progressista da presidenta Dilma Rousseff . 


Por Mariana Serafini, no site Vermelho:


Os movimentos sociais e os partidos de esquerda “pintaram de vermelho” a Avenida Paulista novamente. Apesar da chuva que dificultou o percurso em diversas regiões da cidade, mais de 15 mil pessoas participaram de uma manifestação em defesa da Reforma Política democrática na tarde desta quinta-feira (13) na capital paulista. 


Mas não só a Reforma Política movimentou os movimentos sociais, que também foram para a rua mostrar aos setores conservadores a força do povo brasileiro. “Estamos na rua por mais direitos e contra a direita”, disse um dirigente do MTST. Isso porque, há poucos dias uma parcela ultra conservadora da sociedade se reuni no mesmo lugar, no vão livre do Masp, para exigir um impeachment e um golpe militar. Em resposta o povo tomou as ruas para consolidar a vitória nas urnas. 

No percurso da Avenida Paulista, os mais de 15 mil manifestantes foram embalados pelo som alto do carro de som, a música Da ponte pra cá, dos Racionais, fez muitos cantarem juntos, afinal na periferia a banda toca diferente, e esse recado também foi dado. “Não adianta querer ser tem que ter para trocar, o mundo é diferente da ponte pra cá”, diz o refrão. 

Mas diferente das manifestações que tradicionalmente percorrem apenas a Avenida Paulista, desta vez os manifestantes decidiram mudar o percurso e passar por uma das regiões mais ricas da capital, conhecida como Jardins, onde o candidato Aécio Neves teve cerca de 80% dos votos. O objetivo foi, literalmente “dançar na cara da elite”. Ao som de Asa Branca os manifestantes dançaram na rua Jaú, em frente a um hotel de luxo. “Estamos aqui nesta região rica para mostrar para essa elite branca que São Paulo é uma das cidades mais nordestinas do país”. 

Um misto de desprezo e simpatia tomou conta das ruas nobres de São Paulo, enquanto alguns moradores olhavam assustados do alto dos prédios luxuosos, porteiros, manobristas e outros funcionários sorriam e acenavam, alguns até aproveitaram para registrar a grande manifestação com seus smartphones. 

Para o dirigente José Bitelli, da CTB, essa manifestação foi uma “intervenção do povo”, ao contrário da direita que pede uma intervenção militar. Ele ressaltou a importância de os setores progressistas tomarem as ruas para garantir os direitos já conquistados e seguir com novas vitórias populares. 

A CUT também defendeu a participação popular para garantir direitos e, principalmente, para fortalecer a luta pela Reforma Política e outras reformas estruturantes, entre elas as reformas urbanas e agrárias. 

Os movimentos que lutam por moradia, entre eles o MTST e o FLM compareceram em peso na manifestação, milhares de pessoas das mais distantes ocupações fizeram questão de marcar participar da luta pela Reforma Política. Entre as comunidades presentes estavam a Nova Palestina e a Faixa de Gaza, reconhecidas pela resistência popular em defesa do direito à moradia digna. 

A UJS também fez questão de participar e levou sua bandeira, a reforma da mídia. Desde a manifestação realizada em frente a Editora Abril contra a revista Veja, a entidade vem engrossando o coro da democratização dos meios de comunicação por acreditar que este setor é importante no processo de conscientizar a população em defesa das demais reformas necessárias. 

O presidente municipal do PCdoB da capital paulista, Jamil Murad, afirmou que para garantir mais mudanças e fortalecer o governo da presidenta Dilma, os movimentos sociais devem estar nas ruas, ele vê este momento como um “fator novo na vida politica nacional para impulsionar as reformas estruturais democráticas”. 

Ao contrário da direita que defende intervenção militar, e outros regimes antidemocráticos, “os trabalhadores, os estudantes, as mulheres, os partidos políticos de esquerda, os movimentos sociais, e os patriotas que lutam por um país melhor, estão na rua pela democracia”, explicou Jamil. 

De acordo com Jamil, a direita “não sabe perder”, porque apesar da derrota, querem impor medias governamentais como escolher o ministro da Fazenda, e o diretor do Banco Central, além de impor o corte de gastos com programas sociais. “Eles perderam, mas querem que a Dilma aplique a política deles, isso é uma coisa esquizofrênica”, diz. 

Já o presidente do PCdoB em Pirituba, Donizetti Cunha, classificou o local escolhido para a manifestação como “um bom recorte, iniciar a manifestação do vão do Mas, no mesmo lugar onde a turma do Aécio, essa elite branca, provou que não sabe perder”. Segundo ele, o povo não está disposto a voltar ao passado, e por isso elegeu pela quarta vez um presidente progressista. 


A manifestação contou com a participação de diversos movimentos sociais, entre eles UJS, CUT, CTB, Ubes, UEE-SP, MTST, FLM, Coletivo Fora do Eixo, Coletivo Rua, Levante Popular da Juventude e outros. Os manifestantes deram o recado, uma vaia ao preconceito, à polarização do Brasil e às medias reacionárias que os setores conservadores querem impor.

Prensa Latina -  Grupos sociais e sindicatas marcham na cidade de São Paulo para rechaçar os chamados a derrubar pela força a reeleita presidenta brasileira, Dilma Rousseff, e em prol das reformas do atual sistema político.

Um dos organizadores desta manifestação, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, destacou a necessidade de divulgar para a "direita revoltosa" que a maioria está contra um suposto golpe militar e as incitações ao ódio.

Trata-se de uma mobilização para reivindicar respeito à institucionalidade do país, repudiar a violência e pressionar também o Congresso Federal tendo em vista conseguir a convocação de um plebiscito para impulsionar reformas políticas, ressaltou Freitas.

Em sua opinião, os setores da sociedade que não reconhecem a decisão dos brasileiros expressada nas urnas não compreendem que foram vencidos por aqueles interessados há quatro anos em impulsionar mudanças e mudanças profundas nesta nação. Nas recentes eleições venceu a proposta de Dilma Rousseff que oferece melhores condições de vida para os trabalhadores, uma reforma política, agrária e tributária, afirmou.

Este protesto conseguiu unir  diferentes forças e demais grupos sociais em torno da importância de continuar com as mobilizações para forçar o Legislativo a aprovar a realização de um plebiscito para empreender mudanças no sistema político brasileiro, assinalou por sua vez o líder da Central dos Trabalhadores (CTB), Adilson Araújo.

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