Confira no Diário do Senado Federal - digite a página 4801. Lá tem a definição do que estava sendo votado (fac símile do cabeçalho), a valorização do Salário Mínimo, e na página seguinte o voto do Aécio, com todas as letras (fac símile do voto).
Pior ainda: Aécio Neves queria que o Congresso discutisse a cada ano o valor do reajuste do mínimo, voltando ao passado, aos anos de FHC, quando a equipe econômica, que tinha entre seus integrantes o homem forte de Aécio na Economia, Armínio Fraga, sempre arrochava o Salário Mínimo.
Em 1999, primeiro ano do segundo mandato de FHC, o Salário Mínimo encolheu quase 5%, perdendo para a inflação. E em 2002, último ano de FHC, também perdeu poder de compra. Ou seja, em quatro anos do segundo mandato de FHC, os trabalhadores perderam em dois, graças à política que Aécio Neves queria que voltasse. Esse é o arrocho tucano.
E era isso o que Aécio queria ao defender que o Congresso votasse um valor para o Salário Mínimo a cada ano, sem garantia de que haverá sempre a valorização real.
Derrotado na sua intenção de criar uma política de arrocho, Aécio e os tucanos partiram para o proselitismo político. Fabricaram uma emenda, já sabendo que seriam derrotados, para reajustar o Salário Mínimo para R$ 600,00. Uma jogada parlamentar para remediar sua equivocada política. Mas ela não atraiu nenhum partido comprometido com o trabalhador e foi massacrada por todos os outros senadores, dos mais diversos partidos.
Agora, para se justificar na véspera da eleição, o PSDB tenta manipular o fato e divulga o vídeo da votação da emenda, sem nem citar o que veio antes: a aprovação da política de valorização que garante aumentos reais, todo ano, para o Salário Mínimo – justamente aquela que ele foi contra.
O PSDB diz que, se sua emenda tivesse sido aprovada, o Salário Mínimo hoje seria de R$ 797,00 e não de R$ 724,00. Não é verdade. Sem a política de valorização do Salário Mínimo, o Congresso poderia ter aprovado o valor de R$ 600,00, mas depois ele seria corroído pela inflação, que era o que acontecia antigamente.
Insatisfeitos de ver a valorização garantida para o Salário Mínimo, os tucanos recorreram ao Supremo Tribunal Federal para que ele decretasse a inconstitucionalidade da lei proposta por Dilma. Ou seja, eles queriam extinguir a decisão dos parlamentares e retirar dos trabalhadores uma conquista obtida no Congresso.
Perderam feito novamente. Por ampla maioria de 8 a 2, o Supremo Tribunal disse que a medida era legal e que, contra a vontade dos tucanos, que sempre arrocharam os salários, o governo poderia garantir a valorização do mínimo para os trabalhadores.
Apenas como comparação, nos quatro anos do governo Dilma, o Salário Mínimo conquistou um reajuste real 50% superior ao ganho do segundo mandato de FHC, quando Armínio integrava a equipe econômica. São os números que mostram quem realmente defende o trabalhador.
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