Paulo Roberto Costa é cria tucana sim.
Costa deve suas primeiras nomeações importantes dentro da Petrobrás à FHC.
Paulo Roberto Costa é cria tucana sim. Esteve à frente da construção do gasoduto Brasil – Bolívia, ao final dos anos 90.
A construção desse gasoduto, aliás, foi muito mal explicada. O Brasil ainda não tinha demanda de gás, e criava-se, desnecessariamente, uma dependência de um país politicamente instável.
Segundo Fernando Siqueira, especialista na área de petróleo e gás, “a Petrobrás importou, durante cinco anos, 18 milhões de metros cúbicos de gás boliviano e pagou por 25 milhões, pois a atividade era anti econômica”.
Pior, os pagamentos não eram feitos ao governo boliviano, mas a multinacionais instaladas na Bolívia, que exploravam as reservas de gás do país. Morales ainda não era presidente e o gás boliviano ainda não havia sido nacionalizado.
As multinacionais eram Total (França), Repsol (Espanha), Amaco (EUA) e Enron (EUA), que pressionavam o Brasil a mudar sua matriz energética hídrica, criando assim mercado para o gás.
“A Petrobrás fez um contrato absurdo”, denunciou Siqueira, o “pior contrato da história da Petrobrás”.
Em 11 fevereiro de 1999, Fernando Henrique Cardoso assinou decreto desapropriando terras para a construção do gasoduto. Seria interessante resgatar exatamente quanto se pagou e a quem.
Já que se aprovou a ida de Costa à CPI, alguém podia fazer perguntas a ele sobre este assunto.
Como Paulo exerceu cargos importantes na área de plataforma, os senadores deveriam perguntar a ele se conhecia as picaretagens que resultaram no afundamento da plataforma P-36, que deu prejuízo de bilhões de dólares à Petrobrás.
E não só prejuízo financeiro, mas humano (morreu gente), estratégico-operacional (parada de produção) e de imagem (o que reduz o investimento; quem irá investir numa companhia cujas plataformas afundam?).
Vou repetir mil vezes para combater a manipulação da Globo.
As primeiras nomeações políticas de Paulo Roberto Costa na Petrobrás aconteceram durante a era tucana.
Essas informações são públicas.
Se Costa foi picareta durante a era Lula, certamente já era picareta na era FHC e, portanto, pode falar também sobre desvios ocorridos na era tucana.
A mídia não quer investigar nem punir ninguém. Ela quer espetáculo.
Ela quer apenas produzir factóides que possam afetar as eleições, prejudicando Dilma.
A prova disso é que ela vem omitindo, sistematicamente, a informação de que as primeiras nomeações de Paulo Roberto Costa para cargos de direção na Petrobrás aconteceram durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Surpreendeu-me a reação agressiva da imprensa, nitidamente querendo esconder o fato.
Será que Paulo Roberto Costa sabe de alguma falcatrua da época de FHC?
Será por isso que a Globo está tão nervosa tentando esconder seu passado?
O último factoide da mídia, de que alguém usando a rede da Petrobrás alterou o verbete de Paulo Roberto Costa, apenas revela a ansiedade da oposição (ou seja, da mídia) em não disperdiçar o que eles consideram a sua última bala de prata.
A Globo explora uma concessão pública e recebe verbas públicas para manipular e omitir informações?
Isso deveria ser crime.
Fonte: Tijolaço
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