Os palestinianos travam batalhas importantes para o seu futuro e o de toda a Humanidade:
a verdade contra a mentira, os fatos contra a manipulação, a resistência dos oprimidos contra a generalização e a banalização da guerra e o domínio dos poderosos, a luta pelo direito de autodeterminação, pela paz e a soberania e contra a hegemonia do imperialismo.
Os grandes meios de comunicação nacional e internacional dizem-nos mais uma vez que recrudesceu o «conflito Israelo-palestiniano», que há ataques e contra-ataques de ambas partes, sempre com o vergonhoso propósito de comparar o exterminador e o exterminado, o ocupante e o ocupado.
Apesar disso, vão chegando os ecos da brutal agressão israelita aos palestinianos na forma de notícias sobre o número de mortos e feridos que não pára de aumentar, crianças, mulheres ou homens, ninguém escapa ao salto qualitativo na determinação genocida de Nazi-Israel – desde 1948, 1,9 milhões de palestinianos terão sido vítimas da ação de Israel. Dizem-nos e mostram-nos que muitas casas foram totalmente destruídas, que escolas, hospitais e centros de saúde foram bombardeados, que alguns encerraram e outros ficaram total ou parcialmente destruídos, que importantes infra-estruturas de abastecimento de eletricidade e de abastecimento de água foram destruídas em Gaza – onde as alternativas são inexistentes. A suposta neutralidade da informação esconde uma versão da propaganda de guerra, uma inegável cumplicidade, porque bastaria o estudo de meia-dúzia de elementos que facilmente se encontram na internet, incluindo das próprias Nações Unidas, para se ficar com uma ideia clara do que está em curso.
Numa vergonhosa tentativa de esconder a verdade, todos os meios são poucos para procurar camuflar a agressão à população de Gaza com a legitimidade da autodefesa, escondendo ou minimizando a ação criminosa de Israel, quando um dos exércitos mais poderosos do mundo continua a atacar indiscriminadamente e por todos os meios uma das áreas com maior densidade populacional do planeta, utilizando nestas condições armamento e munições de uma capacidade de destruição que não deixa margem para dúvida sobre o objetivo de matar tantos quantos for possível e destruir toda a infra-estrutura essencial à vida deste povo mártir, como tem sido denunciado por ex-soldados de Israel.
Pouco ou nada é dito, escrito ou mostrado sobre a manutenção por Israel do bloqueio total de Gaza desde 2005, mantendo dependentes da esmola e da arbitrariedade dos militares quase dois milhões de pessoas, sujeitas a permanentes humilhações, perseguições, impedimento da liberdade de expressão e reunião, assassinatos constantes, gritantes violações dos seus direitos fundamentais, nomeadamente na alimentação – mantida abaixo do mínimo para uma dieta saudável –, saúde, educação. Nem uma referência à colonização e aos sucessivos ataques e ações criminosas de Israel sobre os palestinianos ao longo da longa história da ocupação, ao sistema de apartheid em que são mantidos os palestinianos, à prisão indiscriminada de todos quantos se oponham ao contínuo avanço dos colonatos e ao muro que procura impor definitivamente a ocupação.
Primeiro utilizaram a desculpa do desaparecimento dos três jovens israelitas para punir coletivamente todo um povo, depois a destruição dos túneis do Hamas, agora trata-se alegadamente de terminar a neutralização da sua capacidade militar, depois será mais qualquer coisa até ao último palestiniano. O sionismo – a ideologia da estrutura dirigente do Estado de Israel – alimenta o seu poder e a sua dominação na radicalização desta ideologia racista que constitui cada vez mais uma ameaça para o povo palestiniano mas igualmente para o próprio povo de Israel e de todo o mundo.
O terrorismo de Estado de Israel na Palestina não seria possível sem o apoio e o estímulo da sua ação por parte dos EUA e da União Europeia.
Numa das primeiras resoluções aprovadas pelo recentemente empossado Parlamento Europeu, a maioria de direita e da social-democracia que o domina defendeu no seu primeiro ponto que fosse colocado um ponto final aos «ataques com rocketscontra Israel a partir de Gaza» – posição rejeitada pelos deputados do PCP e do seu Grupo, mas apoiada pelos deputados de PSD, PS e CDS/PP e por esse «anti-sistema» que diz ser Marinho e Pinto. Durão Barroso (presidente da Comissão Europeia) e Herman Van Rompuy (presidente do Conselho Europeu), alinharam no mesmo registo hipócrita numa declaração conjunta emitida recentemente. Para aqueles que procuram apresentar contradições onde existe conciliação, a posição de diferentes instituições da UE nesta questão fundamental não deixa de ser um elucidativo exemplo do uníssono das suas posições que decorre do seu domínio pelas forças da direita e da social-democracia.
Numa das primeiras resoluções aprovadas pelo recentemente empossado Parlamento Europeu, a maioria de direita e da social-democracia que o domina defendeu no seu primeiro ponto que fosse colocado um ponto final aos «ataques com rocketscontra Israel a partir de Gaza» – posição rejeitada pelos deputados do PCP e do seu Grupo, mas apoiada pelos deputados de PSD, PS e CDS/PP e por esse «anti-sistema» que diz ser Marinho e Pinto. Durão Barroso (presidente da Comissão Europeia) e Herman Van Rompuy (presidente do Conselho Europeu), alinharam no mesmo registo hipócrita numa declaração conjunta emitida recentemente. Para aqueles que procuram apresentar contradições onde existe conciliação, a posição de diferentes instituições da UE nesta questão fundamental não deixa de ser um elucidativo exemplo do uníssono das suas posições que decorre do seu domínio pelas forças da direita e da social-democracia.
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