Certo ex-ministro da Fazenda do governo brasileiro chegou a declarar que “dívida pública não se paga. Rola, enrola e não se paga!”
Uma análise fria dos principais indicadores das contas públicas e da dívida pública de Minas Gerais pode levar à conclusão de que este deve ser o caminho a ser trilhado pelo estado nos próximos anos.
Apenas Minas Gerais pretende aumentar, neste ano, cerca de R$ 9 bilhões ao seu estoque de dívida, sem considerar aqueles decorrentes dos encargos atualmente existentes que crescem de forma exponencial.
De acordo com o Banco Central do Brasil, ao final de outubro de 2012, a dívida pública do Estado de Minas Gerais junto ao Tesouro Nacional, instituições financeiras públicas e privadas totalizou R$ 71,314 bilhões – sendo esta considerada a 2ª maior entre todos os estados brasileiros - correspondendo a 15,51% do total nacional analisado. À frente de Minas encontra-se apenas o estado de São Paulo, com R$ 191,610 bilhões, o que representa 41,68% do total.
5 ESTADOS DEVEM 81% DO TOTAL - Cabe observar que cinco estados – São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás detêm, juntos, 81,20% do endividamento público estadual brasileiro.
Quando analisada sob a ótica do PIB relativo, a dívida pública de Minas Gerais fica na dianteira de todos os estados, pois equivale a 1,67 vez de sua participação relativa, sendo seguida pelo Rio Grande do Sul, com 1,43 e São Paulo, com 1,26.
Já em relação à produção econômica, a dívida pública de Minas Gerais fica na vice-liderança nacional, eis que o seu saldo corresponde a 17,8% do PIB estadual, sendo superada apenas pelo estado de Alagoas, com 26,0%.
Em relação à dívida pública líquida de Minas Gerais quando comparada às receitas líquidas totais, o estado também fica com a vice-liderança nacional, uma vez que a mesma corresponde a 179% - sendo superada apenas pelo Rio Grande do Sul, com 221%.
Vale ressaltar, ademais, que oito estados (Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Roraima, São Paulo, Tocantins) que têm governadores do PSDB detêm, juntos, o equivalente a 2/3 da dívida total.
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