A Presidenta disse que há 180 anos a Argentina foi despojada das ilhas ", em um claro ato de colonialismo"
A Presidente da Argentina pediu ao seu homólogo britânico, David Cameron, respeitar as resoluções da ONU que convidam os dois países negociar sobre a questão e resolver esse "caso claro de colonialismo".
Uma cópia da carta foi também enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.
Cristina Fernandez, fez a exigência em uma carta aberta, na esperança de que a Grã-Bretanha cumpra as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) para instalar uma mesa de diálogo para resolver a disputa entre os dois países sobre a soberania Ilhas Malvinas.
A carta foi publicada nos jornais britânicos The Guardian e The Independent, buscando a solução para esse claro caso de "colonialismo" através de negociações conforme se pede desde 1965, ano em que a ONU se declarou claramente sobre o assunto.
"Em 1960, a Organização das Nações Unidas, pediu o fim do colonialismo em todos os lugares e todas as suas formas, em 1965, a Assembléia Geral adotou sem um voto contrário (nem mesmo na Grã-Bretanha), a posição que considera as Malvinas como um caso de colonialismo e convidou a Inlaterra para negociar uma solução para a disputa de soberania entre os dois países ", disse Cristina.
A carta dirigida a Cameron e copiada para o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon, também destacou que há 180 anos a Argentina foi "despojado à força" das Ilhas Malvinas, localizada 14 mil milhas de Londres, capital britânica, " em um ato claro de colonialismo ".
"Desde então, a Inglaterra, a grande potência colonial, tem se recusado a devolver esses Territórios à República da Argentina, privando-a de reconstituir a sua integridade territorial", disse Fernandez.
Além disso, a presidente disse que a causa das Malvinas é uma reivindicação da "América Latina e de todos os povos e governos do mundo que rejeitam o colonialismo".
Assim, Fernandez abordou a questão de 180 anos desde o desembarque da corveta Inglesa HMS Clio e a expulsão à força dos argentinos que detinham o domínio sobre as ilhas Malvinas desde sua Independência da Espanha.
A Grã-Bretanha diz que não vai negociar a soberania das ilhas pelo princípio da auto-determinação dos ilhéus, mas a ONU rejeita o argumento por considerar um caso especial de descolonização.
Segundo o diretor-executivo do Centro Argentino de Estudos Internacionais (IBAC), Juan Recce, a Grã-Bretanha está interessada no arquipélago por seus recursos naturais (petróleo e pesca) e no futuro, para reivindicar uma parte da Antártida, um lugar que tem importância no abastecimento de água potável, petróleo, minerais e um território no qual a indústria farmacêutica pode explorar a biodiversidade para o desenvolvimento de novos produtos.
Também Recce argumenta que a maior conquista da Argentina foi a de conseguir que os países da região entendessem que os recursos naturais estão em jogo num lugar tão estratégico quanto o Salar de Uyuni, na Bolívia (chave para o desenvolvimento da indústria eletrônica automotiva) ou as bacias do Orinoco na Venezuela e em Santos no Brasil (para as reservas de petróleo). Atitude é evidente nas deliberações tomadas pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O Ministério da Defesa também observa que é "perturbador" que o Reino Unido continue com a militarização das Ilhas Malvinas, o que agrava ainda mais a tensão entre os dois países visto que no arquipélago há uma base da Organização do Tratado (OTAN).
teleSUR-telam-infonews-prensa3m/bs - FC
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratos por sua Contribuição. Foi muito gratificante saber sua opinião.