Мы хотим создать средний класс в Бразилии", сказал Дилма Руссефф |
"Queremos construir um Brasil de classe média", diz Dilma Rousseff
A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, viajará a Moscou na terça-feira, 11, para a sua primeira visita oficial à Rússia, que acontecerá ente os dias 12 e 14. Ela concedeu entrevista ao primeiro Vice-Diretor da Agência de Notícias ITAR-TASS, Mikhail Gusman, cujo teor também foi publicado pelo site da Rádio Voz da Rússia, na qual falou que espera muito desta visita, no sentido de que as relações bilaterais Rússia-Brasil ganhem um forte implemento.
Dilma Rousseff afirmou querer conhecer as iniciativas de sucesso que a Rússia está implementando para seu povo. “O governo brasileiro pretende melhorar a qualidade de vida da sua população e as autoridades russas estão resolvendo tarefas semelhantes. Portanto, há muito o que esperar desta nossa viagem ao país.”
A melhoria da qualidade de vida do brasileiro foi bastante abordada por Dilma Rousseff na entrevista à Itar-Tass. “Queremos construir um país de classe média. E, para isso, nós colocamos como uma das nossas prioridades, desde o início do governo, a retirada de 16 milhões de brasileiros da pobreza. O que estamos hoje anunciando é um passo decisivo para a sociedade de classe média que desejamos. Aquela sociedade em que todos tenham as mesmas oportunidades, não importando a origem nem o lugar do seu nascimento, o gênero de cada pessoa, a cor de sua pele, a sua religião ou seu sobrenome. É essa sociedade que queremos construir.”
A chefe de Estado destacou a Mikhail Gusman a forma que pretende levar o Brasil a ser um país de classe média. “Esse caminho deve passar por muitos momentos, e o mais difícil é que todos tendem a ser necessários e simultâneos. O caminho deve passar pelo crescimento do Brasil, pela criação de empregos, pela educação de qualidade, tanto na alfabetização na idade certa como no ensino em tempo integral, deve passar pela produção científica nos nossos institutos e universidades, deve passar pela criação de tecnologias e pela inovação, por uma indústria forte e por uma agricultura cada vez mais na liderança internacional de produtividade.”
Na entrevista, a educação foi apontada pela presidente do Brasil como o meio para o país pôr fim às condições miseráveis por que vive parte de sua população. “O governo brasileiro presta atenção especial à educação dos jovens das famílias pobres. Este é o único caminho certo para combatermos a miséria. Não há política melhor do que a da educação para assegurar maiores oportunidades às nossas crianças e jovens. Há três fatores que já citei nesta entrevista e quero repetir: temos de investir em creches, em alfabetização na idade certa, e nas escolas em tempo integral. Estes são fatores cruciais para que nós consigamos estabilizar, e mais do que estabilizar, dar sustentação às novas conquistas sociais.”
Sobre a relação com a Rússia na área de educação, Dilma Rousseff afirmou à Itar-Tass, lembrou o intercâmbio com as instituições russas. “Para resolver com sucesso esta tarefa, de promover a educação, o governo do Brasil tem encaminhado milhares de jovens para estudar no exterior. A Rússia tem um importantíssimo papel neste aspecto. Queremos que cada vez mais jovens brasileiros realizem cursos em universidades russas e, da mesma forma, que mais estudantes da Rússia venham para o Brasil. Temos propostas de aumentar junto à Rússia a interação na área científica e tecnológica, e em particular, nas esferas técnico-militar e espacial. Na visita que farei à Rússia, estarei acompanhada por um grande grupo de especialistas de todas estas áreas às quais me referi.”
As grandes competições esportivas que Brasil e Rússia realizarão nos próximos anos também foi abordada pela Itar-Tass com a presidente brasileira. Ela explicou que quer conhecer a preparação para estes eventos russos. “Quero muito conhecer a experiência russa para estes preparativos. Devo dizer, com toda a sinceridade, que pretendemos vencer a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, mas, em relação às Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, nossas expectativas são mais modestas. Mas posso lhe assegurar que faremos todo o empenho para que estes dois grandes eventos, a serem sediados no Brasil, terão amplo apoio do governo.”
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