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UM BRIC EM CONSTRUÇÃO
O Brasil tem agora um PIB total maior do que o Reino Unido e tem algo que outras nações procuram em vão: Liderança sustentada
Brasil, que abriga a "Earth summit" deste mês e depois uma Copa do Mundo, e nos próximos quatro anos, uma Olimpíada, vem se beneficiando de alguma coisa a qual você iria procurar em vão em grande parte do mundo: a liderança sustentada. Primeiro veio Lula, a melhor reencarnação de Franklin Roosevelt. Emergindo de sua sombra como uma reformadora pragmática, quase revolucionaria, é a atual presidenta, Dilma Rousseff.
O Brasil cresceu com a China, alimentando-a com soja e minério ferro, e agora tem um PIB total maior do que o Reino Unido. Lula se comparou a um vendedor ambulante de rua, vendendo mercadorias de porta em porta em todos os lugares; o desafio de Rousseff é desbloquear a produtividade e criar uma economia ainda mais avançada. Uma vez que os brasileiros já estão muito mais ricos do que os chineses ou indianos, seria difícil de acompanhar suas taxas de crescimento, mas há uma possibilidade de investimento maciço em infra-estrutura e, mais importante, na educação. Dilma Rousseff terá que transferir sua popularidade e habilidade gerencial em um comando do Congresso para definir o ritmo de crescimento.
Embora um dos líderes mundiais em desigualdade, o Brasil também lidera o mundo em como lidar eficazmente com ela. Seus, merecidamente, famosos programas sociais, uma marca de um governo ativista, ajudaram a levantar mais de 20 milhões de pessoas da pobreza e criar um mercado interno forte.
Com uma longa historia receber palestras econômicas de qualidade duvidosas da Europa, Brasília não tem nenhum desejo de começar a dar-lhes, mas observa com apreensão as tentativas européias de reduzir a dívida na ausência de crescimento. Tudo isso deu ao Brasil a credibilidade hoje para assumir o seu papel muito cobiçado por outros governos como uma potência global.
Particularmente em Dilma Rousseff e seu ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que assumiu uma mistura distinta de contenção e independência no exercício desse poder. Brasília não só duplicou os seus diplomatas na última década, ele redobrou sua ênfase na diplomacia como a única maneira de "multipolaridade benigna". Em parte, isso é o luxo de ter uma vizinhança tranquila (o que ainda mais nos deve convencer das vantagens e magnanimidade de sua liderança).
Mas isso também reflete longa tradição diplomática brasileira e experiência com a natureza da soberania e da democratização. Conforme se acumula poder e responsabilidade, não será mais para o Brasil ser capaz de ser amigo de todos e vai sentir a tensão entre soberania e direitos humanos mais intensamente, mas o Brasil aspira a ser uma ponte entre os poderes e, por vezes, ser um corretivo para seletividade e hipocrisia ocidental.
Não somente o Brasil deveria ter um assento permanente no Conselho de Segurança, é o melhor argumento para a reforma do Conselho de segurança e outras tentativas de tornar o sistema internacional mais representativo. É tempo para o oeste, e o resto do mundo, de abraçar a ascensão do Brasil de forma mais activa e começar um envolvimento mais profundo.
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