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LULA deu mais um empurrão no Dominó da Questão Palestina e a despeito da vontade de Israel e EUA as peças estão caindo

O Brasil reconhece estado palestino

Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que espera que o reconhecimento colabore na construção de uma coexistência pacífica e segura com Israel.
O Brasil diz que reconheceu o Estado da Palestina com base nas fronteiras, no momento da conquista de 1967, Israel da Cisjordânia.
O Ministério das Relações Exteriores diz que o reconhecimento é em resposta a um pedido feito pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, no mês passado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula da Silva enviou uma carta a Abbas, em 01 de dezembro, dizendo que o Brasil reconhece a Palestina e espera que o reconhecimento ajude a levar os estados de Israel e da Palestina a coexistir pacificamente e em segurança.
O Itamaraty diz que o reconhecimento está em linha com a disposição histórica do Brasil para contribuir para a paz entre Israel e Palestina.
Argentina e Uruguai juntam-se ao Brasil em reconhecimento do Estado palestino
Presidente da Argentina envia carta de Abbas, afirmando que reconhece a Palestina definida por fronteiras de 1967; Uruguai diz que vai reconhecer a Palestina em 2011 
Israel chama anúncio "lamentável".
Argentina e Uruguai anunciaram que pretendem juntar-se no Brasil o reconhecimento de um Estado palestiniano independente, o que provocou fortes críticas de Israel.
"O governo argentino reconhece a Palestina como um Estado livre e independente dentro das fronteiras definidas em 1967," O anuncio foi feito pelo chanceler argentino Hector Timerman, lendo uma carta enviada pela presidente argentina, Cristina Kirchner, escreveu para o líder palestino Mahmud Abbas.
Pouco depois de passar a Argentina, o Uruguai anunciou que também iria reconhecer um Estado palestino a partir de 2011. "O Uruguai irá certamente seguir o mesmo caminho da Argentina em 2011", do Uruguai vice-chanceler Roberto Conde explicou à AFP.
"Estamos trabalhando no sentido de abrir uma representação diplomática na Palestina, provavelmente em Ramallah", disse ele.
O Ministério das Relações Exteriores chamou o anúncio de "lamentável" e disse que Israel viram esta decisão com a gravidade, e não iria ajudar a mudar a situação entre Israel e os palestinos.
Um funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse que a decisão da Argentina foi um "passo prematuro [que] não contribui para nosso objetivo comum de uma solução de dois Estados".
"As negociações são o caminho para as partes para ver a realização de suas aspirações - para os israelenses, a segurança - para os palestinos, um Estado independente, viável e soberano de si próprias", acrescentou o funcionário dos EUA.
Na sexta-feira o Brasil disse que reconheceu um Estado Palestino baseado nas fronteiras, no momento da conquista de 1967, Israel da Cisjordânia.
O Ministério das Relações Exteriores disse que o reconhecimento é em resposta a um pedido feito pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, no mês passado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Silva enviou uma carta a Abbas, em 01 de dezembro, dizendo que o Brasil reconheça a Palestina e espera que o reconhecimento vai ajudar a levar a estados de Israel e da Palestina ", que irá coexistir pacificamente e em segurança."
Os anúncios nos três países sul-americanos vieram como as negociações de paz no Oriente Médio foram em um hiato desde o congelamento dos assentamentos temporários terminou no final de setembro.
Iniciativa da UE: Reconhecimento de Estado palestino até o próximo ano
Molinos Espanha e Fayyad - 1o. Min. Autoridade Palestina
Acordo favorecendo Trabalhadores Palestinos - Out/2010
Segundo diplomatas europeus Israel
tem retransmitido a sua oposição à iniciativa.
Bernard Kouchner no Parlamento Europeu
O chanceler francês, Bernard Kouchner e seu colega espanhol Miguel Moratinos, estão a promovendo uma iniciativa através da qual a União Europeia reconhecerá o Estado palestino em 18 meses, mesmo antes de as negociações para um acordo permanente entre Israel ea Autoridade Palestiniana estarem concluídas.
Segundo diplomatas europeus e altos funcionários israelenses, Israel comunicou sua oposição à iniciativa - mandou aviso de que iria minar qualquer chance de um processo de paz bem-sucedido.
Um diplomata europeu disse que Israel já vem sendo informado sobre a iniciativa há várias semanas, fato confirmado por um alto funcionário israelense. O oficial israelense disse que a iniciativa está sendo liderada por Kouchner, que recrutou o apoio do ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, cujo país também detém atualmente a Presidência da União Européia.
Fontes israelenses dizem que os dois ministros dos Negócios Estrangeiros estão preparando um artigo que pretendem publicar em conjunto em alguns dos principais diários europeus. A mensagem principal do artigo é que a União Europeia deve reconhecer um Estado Palestino antes do final das negociações, sob a suposição de que a declaração será feita pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
A iniciativa é baseada em um plano pelo primeiro-ministro palestino Salam Fayyad para estabelecer um Estado palestino em dois anos, que é o tempo que ele estima necessário para o desenvolvimento de instituições estatais, as reformas económicas e uma realização da imprescindivel para coalizão das forças de segurança palestinas que garantiriam lei e ordem na Cisjordânia.
O plano de Fayyad foi desenvolvido há mais de seis meses e contando com a iniciativa franco-espanhola destinada a ampará-la com a promessa de reconhecimento pelo bloco europeu.
Israel tem respondido a Kouchner e Moratinos, expressando clara oposição à iniciativa, observando que era contrária aos princípios do processo de paz. "Uma solução imposta não pode alcançar as metas", destacou Israel em sua mensagem.
"Se a União Europeia irá determinar os resultados das negociações com antecedência e promete o reconhecimento de um Estado palestinos, eles não terão motivação para retomar as negociações", afirma a mensagem de Israel.
"A questão diante de nós no momento é a construção de uma realidade", disse Kouchner ao Journal du Dimanche ", em entrevista publicada ontem. "A França está dando o treinamento da polícia palestina, as empresas estão sendo criadas na Cisjordânia ... Isso tudo resulta que é possível vislumbrar o anúncio em breve de um Estado palestino, e seu imediato reconhecimento pela comunidade internacional, mesmo antes de negociar suas fronteiras".
"Se até meados de 2011, o processo político não terminar com a ocupação [israelita], eu apostaria que o estado de desenvolvimento das infra-estruturas palestinas e das instituições será tal que a pressão vai forçar Israel a desistir de sua ocupação", acrescentou.
Israel adverte Argentina
Primeiro-ministro Israel - Benjamin Netanyahu
ISRAEL MANTEM A VISÃO, A PRATICA 
E A AGENDA POLÍTICA DO SÉCULO XX
Reconhecendo Estado palestino rompe processo de paz
anúncio Argentina segue declaração do Brasil de reconhecimento na semana passada, na sequência do pedido feito por Abbas na turnê latino-americana no ano passado.
O Ministério da Relações Exteriores de Israel condenou na terça-feira como "lamentável" o anúncio da Argentina, do dia anterior que reconheceu a Palestina como "um estado livre e independente" dentro das suas fronteiras anteriores à 1967 Guerra dos Seis Dias.
A decisão foi altamente "prejudicial", porta-voz do ministério das Relações Exteriores Yigal Palmor disse, "porque eles são de fato quebra a base do processo de paz."
O reconhecimento, enquanto as negociações de paz estão em andamento e nenhum acordo de paz definitivo ainda não foi alcançado "é contrária à do actual quadro jurídico do processo de paz", acrescentou.
Que os Estados quadro jurídico que uma solução permanente e definitiva para o conflito, incluindo o estabelecimento de um Estado palestino, só pode ser o resultado das negociações e soluções mutuamente acordadas, argumentou.
Ele acrescentou que a declaração argentina não afetou a situação real no terreno, nem ajudar os palestinos, porque ele não fez nada para promover a reconciliação entre israelenses e palestinos.
"Nós temos embaixadas e fizemos as nossas opiniões conhecidas das autoridades locais através de nossos diplomatas", a autoridade do ministério disse à imprensa dpa-Agência Alemã.
anúncio de segunda-feira pelo governo argentino seguiu à declaração do Brasil de sexta-feira o reconhecimento.
O movimento veio em resposta a um pedido de reconhecimento pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, no final de novembro. Abbas visitou o Brasil ea Argentina no ano passado.
Uruguai alegadamente partes da linha política de seus vizinhos maiores, embora não tenha feito uma declaração sobre o assunto até agora.
A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner escreveu a Abbas segunda-feira para informá-lo da decisão de seu governo a reconhecer "a Palestina como um Estado livre e independente dentro das fronteiras que existiam em 1967, e em conformidade com o que as partes decidem, no decurso do processo de negociação ".
Cartas dos Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Abbas a respeito do Reconhecimento pelo Governo Brasileiro do Estado Palestino nas Fronteiras de 1967
03/12/2010 -
Carta do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

“À Sua Excelência
Mahmoud Abbas
Presidente da Autoridade Nacional Palestina

Senhor Presidente,

Li com atenção a carta de 24 de novembro, por meio da qual Vossa Excelência solicita que o Brasil reconheça o Estado palestino nas fronteiras de 1967.

Como sabe Vossa Excelência, o Brasil tem defendido historicamente, e em particular durante meu Governo, a concretização da legítima aspiração do povo palestino a um Estado coeso, seguro, democrático e economicamente viável, coexistindo em paz com Israel.

Temos nos empenhado em favorecer as negociações de paz, buscar a estabilidade na região e aliviar a crise humanitária por que passa boa parte do povo palestino. Condenamos quaisquer atos terroristas, praticados sob qualquer pretexto.

Nos últimos anos, o Brasil intensificou suas relações diplomáticas com todos os países da região, seja pela abertura de novos postos, inclusive um Escritório de Representação em Ramalá; por uma maior freqüência de visitas de alto nível, de que é exemplo minha visita a Israel, Palestina e Jordânia em março último; ou pelo aprofundamento das relações comerciais, como mostra a série de acordos de livre comércio assinados ou em negociação.

Nos contatos bilaterais, o Governo brasileiro notou os esforços bem sucedidos da Autoridade Nacional Palestina para dinamizar a economia da Cisjordânia, prestar serviços à sua população e melhorar as condições de segurança nos Territórios Ocupados.

Por considerar que a solicitação apresentada por Vossa Excelência é justa e coerente com os princípios defendidos pelo Brasil para a Questão Palestina, o Brasil, por meio desta carta, reconhece o Estado palestino nas fronteiras de 1967.

Ao fazê-lo, quero reiterar o entendimento do Governo brasileiro de que somente o diálogo e a convivência pacífica com os vizinhos farão avançar verdadeiramente a causa palestina. Estou seguro de que este é também o pensamento de Vossa Excelência

O reconhecimento do Estado palestino é parte da convicção brasileira de que um processo negociador que resulte em dois Estados convivendo pacificamente e em segurança é o melhor caminho para a paz no Oriente Médio, objetivo que interessa a toda a humanidade. O Brasil estará sempre pronto a ajudar no que for necessário.

Desejo a Vossa Excelência e à Autoridade Nacional Palestina êxito na condução de um processo que leve à construção do Estado palestino democrático, próspero e pacífico a que todos aspiramos.

Aproveito a ocasião para reiterar a Vossa Excelência a minha mais alta estima e consideração.”
Carta do Presidente Mahmoud Abbas ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

“Sua Excelência Luiz Inácio Lula da Silva Presidente da República Federativa do Brasil Brasília

24/11/2010

Saudações,

Inicialmente, gostaríamos de estender a Vossa Excelência nossas felicitações pelo sucesso das eleições gerais no Brasil, louváveis por sua elevada transparência e pelo alto nível do processo democrático, que levaram à vitória a candidata de seu partido como nova Presidente da República Federativa do Brasil. É com satisfação que também saudamos entusiasticamente o seu Governo, testemunha de um período de prosperidade econômica e mudança política qualitativa, que inscreve Vossa Excelência na história política moderna do Brasil.

Senhor Presidente,

A atual situação nos territórios palestinos evidencia uma grande escalada das ações israelenses. O Governo de Israel recusa-se a interromper suas atividades em assentamentos. Isso paralisou o lançamento de negociações diretas, apesar das posições e dos pedidos de países de todo o mundo para que Israel ponha fim aos assentamentos, e, dessa forma, não apenas torne possíveis as negociações, como também dê uma chance à paz. No entanto, Israel ainda desafia o mundo inteiro e insiste em suas atividades colonizadoras. Tal posição dificulta qualquer possibilidade de se alcançar um acordo por meio de negociações e cria também uma nova realidade no terreno, que inviabiliza a solução de dois Estados.

Enquanto expressamos a Vossa Excelência o nosso orgulho das valorosas e históricas relações brasileiro-palestinas, que refletem suas posições firmes em relação ao nosso povo ao longo dos anos e em nossos recentes encontros, esperamos, nosso caro amigo, que Vossa Excelência decida tomar a iniciativa de reconhecer o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967. Essa será uma decisão importante e histórica, porque encorajará outros países em seu continente e em outras regiões do mundo a seguir a sua posição de reconhecer o Estado palestino. Essa decisão levará também ao avanço do processo de paz e à promoção da posição palestina, que busca o reconhecimento internacional do Estado da Palestina. Esperamos que o nosso pedido possa receber sua bondosa aceitação e esperamos também que essa iniciativa possa ser tomada antes do fim de seu mandato presidencial.

Queira aceitar os protestos de nossa mais alta estima e consideração.

Mahmoud Abbas
Presidente do Estado da Palestina
Presidente do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina Presidente da Autoridade Nacional Palestina”

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